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1.
Psicol. USP ; 31: e180008, 2020.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1135812

RESUMO

Resumo Este artigo se propõe a apresentar a fenomenologia clínica da esquizofrenia construída pelo psiquiatra Eugène Minkowski por meio de influências teóricas sofridas a partir das ideias de Kraepelin, Bleuler e Bergson. O interesse de Minkowski ao discutir a esquizofrenia é alcançar uma delimitação dessa patologia. Por mais que se remeta constantemente a Bleuler por ter sido seu aluno, é na filosofia de Bergson que encontra uma fonte sólida para aprofundar sua discussão sobre o aspecto estrutural da esquizofrenia. Com essa influência filosófica, é possível compreender a esquizofrenia como perda de contato vital com a realidade, e não como um relaxamento de associações, conforme Bleuler destacava. Concluímos que utilizar a fenomenologia clínica da perda do contato vital com a realidade e a compreensão da esquizofrenia como perda desse contato com o mundo permite apontar um novo direcionamento para estudar esta patologia como uma patologia da intersubjetividade.


Abstract This article presents the clinical phenomenology of schizophrenia constructed by the psychiatrist Eugène Minkowski through theoretical influences from the ideas of Kraepelin, Bleuler and Bergson. Minkowski's interest in discussing schizophrenia is to be able to determine this pathology. Although references are constantly made by him to Bleuler for having been his student, it is in Bergson's philosophy that he finds a solid source to further his discussion of the structural aspect of schizophrenia. With this philosophical influence, it is possible to understand schizophrenia as a loss of vital contact with reality and not as a relaxation of associations, as Bleuler pointed out. We conclude that using the clinical phenomenology of the loss of vital contact with reality and the understanding of schizophrenia as a loss of this contact with the world allows for a new direction to study this pathology as a pathology of intersubjectivity.


Résumé Le présent article se propose à discuter la phénoménologie clinique de la schizophrénie construite par le psychiatre Eugène Minkowski à travers les influences théoriques issues des idées de Kraepelin, Bleuler et Bergson. L'intérêt de Minkowski lorsqu'il élabore une discussion sur la schizophrénie est de parvenir à avoir une délimitation de cette pathologie. Même si on reconnaît qu'il mentionne constamment Bleuler, vu qu'il était son élève, c'est dans la philosophie de Bergson qu'il trouve une source solide pour approfondir sa discussion sur l'aspect structurel de la schizophrénie. Avec cette influence philosophique, il est possible de comprendre la schizophrénie comme une perte de contact vital avec la réalité et non comme une relaxation d'associations, comme l'a soulignée Bleuler. Nous concluons que l'usage de la phénoménologie clinique de la perte de contact vital avec la réalité et la compréhension de la schizophrénie comme une perte de ce contact avec le monde nous permet de souligner une nouvelle direction d'études de cette pathologie comme une pathologie de l'intersubjectivité.


Resumen El presente artículo se propone presentar la fenomenología clínica de la esquizofrenia construida por el psiquiatra Eugène Minkowski por medio de influencias teóricas sufridas a partir de las ideas de Kraepelin, Bleuler y Bergson. El interés de Minkowski al elaborar una discusión de la esquizofrenia es alcanzar una delimitación de esta patología. El autor alude constantemente a Bleuler por haber sido su alumno, pero en la filosofía de Bergson encuentra una fuente sólida para profundizar en su discusión sobre el aspecto estructural de la esquizofrenia. Con esta influencia filosófica, es posible comprender la esquizofrenia como la pérdida de contacto vital con la realidad y no como una relajación de asociaciones, tal como Bleuler destacaba. Concluimos que utilizar la fenomenología clínica de la pérdida del contacto vital con la realidad y la comprensión de la esquizofrenia como pérdida de este contacto con el mundo permite apuntar un nuevo direccionamiento para estudiarla como una patología de la intersubjetividad.


Assuntos
Humanos , Esquizofrenia , Filosofia
2.
Arq. bras. psicol. (Rio J. 2003) ; 70(2): 173-185, maio/ago. 2018.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-980512

RESUMO

O suicídio é um fenômeno complexo que engloba diversas esferas da vida do sujeito por meio de aspectos psicológicos, biológicos, culturais, existenciais etc. Dentre os fatores associados ao suicídio, destacam-se a relação com transtornos mentais em 90% dos casos, e o quadro psiquiátrico mais frequente, que é a depressão, uma enfermidade que se espalha velozmente ao redor do globo. Na perspectiva da Clínica do Lebenswelt, este artigo tem como objetivo discutir as diferenças entre os quadros de tristeza, depressão e melancolia sob a ótica do autor francês Arthur Tatossian, descrevendo a relação que o depressivo estabelece com o Outro como forma de distanciamento do mundo, levando-o ao suicídio. Concluímos que o paradoxo que emerge na experiência suicida na depressão melancólica pode ser acessado por meio de uma perspectiva clínica que considere as múltiplas possibilidades de ser do depressivo, as quais compõem o seu mundo vivido mediante relação intersubjetiva com o Outro


Suicide is a complex phenomenon, which encompasses several spheres of the subject's life through psychological, biological, cultural, and existential aspects. Among the factors associated with suicide, the relation with mental disorders stands out in 90% of cases, and the most frequent psychiatric condition is depression, a disease that spreads rapidly around the globe. This article aims to discuss the differences between sadness, depression and melancholy from the perspective of the French author Arthur Tatossian, describing the relationship that the depressive individual establishes with the Other as a form of distancing from the world, leading him to suicide. We conclude that the paradox that emerges in the suicidal experience in melancholic depression can be accessed through a clinical perspective that considers the multiple possibilities of being of the depressive individual, which make up their lived world through an intersubjective relationship with the Other


El suicidio es un fenómeno complejo que engloba diversas esferas de la vida del sujeto por medio de aspectos psicológicos, biológicos, culturales, existenciales, etc. Entre los factores asociados al suicidio, se destaca la relación con trastornos mentales en el 90% de los casos, y el cuadro psiquiátrico más frecuente es la depresión, una enfermedad que se esparce velozmente alrededor del globo. En la perspectiva de la Clínica del Lebenswelt, este artículo tiene como objetivo discutir las diferencias entre los cuadros de tristeza, depresión y melancolía bajo la óptica del autor francés Arthur Tatossian, describiendo la relación que el depresivo establece con el Otro como forma de distanciamiento del mundo, que le llevará al suicidio. Concluimos que la paradoja que emerge en la experiencia suicida en la depresión melancólica puede ser accedida por medio de una perspectiva clínica que considere las múltiples posibilidades de ser del depresivo, las cuales componen su mundo vivido mediante relación intersubjetiva con el Otro


Assuntos
Humanos , Fenômenos Psicológicos , Psicologia Clínica , Suicídio/psicologia , Pesar , Depressão , Transtorno Depressivo
3.
Interação psicol ; 20(1): 10-19, jan.-abr. 2016.
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-69542

RESUMO

A experiência do tempo é uma noção central na fenomenologia filosófica e clínica. O tempo nafenomenologia de Merleau-Ponty é uma experiência mundana, subjetiva e inseparável do sujeito. Ofilósofo entende a vivência do tempo como uma rede de intencionalidades e não como umasequência estrutural que se ultrapassa a si mesma. Este artigo descreve a experiência do tempo nopensamento de Merleau-Ponty como possível contribuição para a fenomenologia clínica. O tempo éa tensão dialética entre o passado e o futuro, que só se supera na medida em que, conjuntamente, seconserva, ou ainda, é a ambiguidade entre o retencional e o sucessivo. Propomos a noção deexperiência do tempo como processo ambíguo como contribuição para a fenomenologia clínica(AU)


Assuntos
Tempo
4.
Interaçao psicol ; 20(1): 10-19, jan.-abr. 2016.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1017360

RESUMO

A experiência do tempo é uma noção central na fenomenologia filosófica e clínica. O tempo na fenomenologia de Merleau-Ponty é uma experiência mundana, subjetiva e inseparável do sujeito. O filósofo entende a vivência do tempo como uma rede de intencionalidades e não como uma sequência estrutural que se ultrapassa a si mesma. Este artigo descreve a experiência do tempo no pensamento de Merleau-Ponty como possível contribuição para a fenomenologia clínica. O tempo éa tensão dialética entre o passado e o futuro, que só se supera na medida em que, conjuntamente, se conserva, ou ainda, é a ambiguidade entre o retencional e o sucessivo. Propomos a noção de experiência do tempo como processo ambíguo como contribuição para a fenomenologia clínica


Assuntos
Humanos , Tempo
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